segunda-feira, 23 de maio de 2011

Stephen Hawking e Blade Runner: os sem paraíso e o medo do escuro que todos temos.

Semana passada, em entrevista publicada no jornal britânico “Guardian”, o famoso físico Stephen Hawking disse que não existe paraíso. O mesmo não acredita em Deus e diz não temer a morte. Hawking, que tem a maior parte de seu corpo paralisado pela esclerose lateral amiotrófica e que foi diagnosticado com a síndrome aos 21 anos, tendo sido informado que teria poucos anos de vida tem hoje 69 anos,

comparou o cérebro a um computador: “Acredito que o cérebro é um computador que para de funcionar quando todos os seus componentes falham. Não existe nenhum paraíso ou vida após a morte para computadores quebrados; isso é um conto de fadas para pessoas com medo do escuro”, disse o cientista.

Pensando nessa declaração e refletindo nela eu que creio em Deus e em seu paraíso, entendendo eu como algo bem mais que um lugar, mas como um alguém, JESUS (esse sim é o meu paraíso), fiquei pensando nessa coisa toda. Não que eu nunca tenha me pego pensado nessa suposição tal como Hawking. O caso é que por acaso ou não lembrei-me do célebre filme "Blade Runner-o caçador de Andróides" (1982), filme  de ficção científica do Ridley Scott, que baseia-se na novela "Do Androids Dream of Electric Sheep"? de Philip K. Dick. Isso por causa justamente do final do filme, quando o replicante Roy, diante da sua iminente morte declara melancolicamente o que significa o fim de sua existência. 




O filme, que  descreve um futuro não tão distante (2019 mais precisamente) que mostra que a humanidade criou seres replicantes, como foram chamados os andróides idênticos a humanos, e conseguiu chegar a um processo de colonização espacial, a qual foi feita através de mão de obra braçal desses replicantes. Estes eram utilizados em tarefas pesadas, perigosas ou degradantes nas novas colônias sendo assegurado um período de vida limitado a quatro anos percebido o perigo da existência dos replicantes em relação a falta de empatia e instabilidade emocional que eles possuiam. Um grupo de 3 replicantes se rebelou buscando o seu criador naturalmente objetivando fujir da morte que estava perto e poder continuar a viver. Roy, o líder dos replicantes rebeldes consegue se encontrar com Tyrell, o criador dos andróides e diante da sua negativa em fazê-lo viver mais, Roy o mata. Ao encarar o policial interpretado por Harrison Ford o replicante que estava a beira de matar o policial percebe o fim de seu tempo de vida e diz a célebre frase que entrou para a história: “Eu vi coisas que vocês humanos provavelmente nem acreditariam... Todos esses momentos ficarão perdidos no tempo… como lágrimas na chuva… Hora de morrer”.





O fim do filme reflete o fim do replicante como um duvidoso fim para qualquer humano, a morte e a tristeza de sumir a consciência de si mesmo...
Os cartazes de Blade Runner na época do lançamento nos cinemas diziam: "O homem criou o homem à sua imagem e semelhança. Agora o problema é seu".
Ao mesmo tempo em que esse medo de simplesmente "não ser", de vazio, de escuridão, perda de consciência ou o que seja, também nos leva a considerar se na possibilidade de existir sim Deus e um paraíso,  que Deus é esse que existe. Um Deus "The Sims" ou um Deus participante da vida?

"Satisfazer-se" com crer ou não crer é um direito de cada um. Acreditar que o mundo é um grande acaso do acaso, uma série de coincidências e sorte é absurdo demais pra mim. E mesmo talvez a idéia de Deus sendo às vezes pra mim um absurdo eu prefiro crer na sua existência e na minha vida dentro da Dele e a Dele dentro da minha, pois tenho encontrado razão Nele por meio das coisas que Jesus ensina, crendo por isso nele como sendo a ressurreição e a vida. Vida da vida...


No fim das contas CRER OU NÃO CRER É TUDO UMA QUESTÃO DE FÉ...
Cabe a cada um procurar o maior valor.

O replicante Roy no seu discurso final.

Não querendo sumir,
eu, Jorge Tonnera Jr, buscando o Criador do meu cérebro.
Aloha! Amém.

domingo, 22 de maio de 2011

A garça


Uma excelente música do novo álbum da banda Forfun. "A Garça" é a terceira faixa do disco "Alegria Compartilhada". Essa música me chamou a atenção pela levada e letra bem de cotidiano. É aquele lance de observador da vida, percebendo os contrastes e as semelhanças do cotidiano, a natureza e nossa labuta e ecologia humana.  Ela é bem do contexto carioca, talvez por isso me identifiquei de cara com ela. A Garça, essa ave que encontramos aqui no RJ, representa bem essa nossa relação tão presente de Morro-Asfalto.
 Pra quem não sabe o Forfun disponibilizou o álbum "Alegria Compartilhada" para download gratuito no site dos caras (http://www.forfun.art.br/alegria/), assim como tinham feito com o também excelente disco anterior, na época, o "Polisenso".


 A Garça
Forfun
Composição : (Danilo Cutrim, Vitor Isensee, Rodrigo Costa, Nicolas Fassano)

A garça mora no morro
Durante o dia voa até a lagoa pra se alimentar
Não distingue feriados
Natal, Ano Novo, Páscoa ou jogo de final
O seu relógio é o sol
Seu calendário é a posição dos astros no mar sideral

E vê a mãe que chora
O filho que comemora
A multidão calejada avançar
E vê a vela pra santa
O avião que levanta
A frente fria chegar e passar

A garça mora no morro
Durante o dia voa até a lagoa pra se alimentar
Não distingue feriados
Natal, Ano Novo, Páscoa ou jogo de final
O seu relógio é o sol
Seu calendário é a posição dos astros no mar sideral

E vê a fome e o assalto
A bola e a pipa no alto
O casal que constrói o seu lar
E vê a roupa na corda
O soldado que aborda
A erosão lentamente atuar



sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sonda da Nasa prova previsão feita por teoria da relatividade de Einstein

Essa notícia saiu a 15 dias atrás e achei interessante.

"Sonda da Nasa prova previsão feita por teoria da relatividade de Einstein"

A sonda da Nasa Gravity Probe B confirmou previsões feitas a partir da teoria geral da relatividade de Albert Einstein, informou a agência espacial americana (Nasa), nesta quarta-feira (4).

Testar as ideias do físico alemão era exatamente a missão da nave lançada em 2004. Os cientistas queriam saber se o espaço e o tempo realmente eram distorcidos perto de um corpo gravitacional – como é a Terra. Segundo as ideias de Einstein, conforme o planeta gira, ele puxa com ele tanto o tempo quanto o espaço.

Parece complicado de entender? O autor principal do estudo, Francis Everitt, da Universidade Stanford, ajuda. “Imagine que a Terra está submersa em mel. Conforme o planeta gira, o mel gira com ele e é isso que acontece com o tempo e o espaço”, explicou ele em nota.

Para fazer isso, a sonda usou em órbita quatro giroscópios, que medem a direção no espaço, apontados para uma estrela específica. Se a gravidade não afetasse o tempo e o espaço, eles ficariam sempre apontando a mesma direção. No entanto, houve movimentação, provando a teoria.

O achado foi publicado na edição desta semana da revista especializada “Physical Review Letters”.

O projeto da Gravity Probe B é um dos mais antigos da ciência espacial, começando a ser desenhado em 1959 em Stanford, apenas quatro anos após a morte de Einstein. Francis Everitt se juntou à missão em 1962, um ano antes da própria Nasa. Após o fim de seu trabalho, a nave foi aposentada em dezembro. (Fonte: G1)


quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Darth Vader anuncia que Obi-Wan Kenobi está morto"

Boa tarde. Recentemente eu li um post que me chamou atenção e com a devida citação e respeito a quem postou, no caso o ótimo blog "O Contorno da Sombra", que aliás eu sigo,eu estou replicando aqui. É a ótima crítica comparativa entre Obama (E.U.A.) representando O Império e Osama (terrorismo) representando Jedis. Claro não é nenhuma defesa a grupos terroristas, mas sim uma crítica a hipocrisia americana.

"Darth Vader anuncia que Obi-Wan Kenobi está morto"

A notícia do The Galactic Empire Times é uma sátira do anúncio da morte de Osama Bin Laden por Barack Obama, e pinta Obi-Wan Kenobi como o arqui-inimigo que foi morto por uma tropa de elite das forças espaciais do Império. Abaixo segue minha tradução de um trecho da "notícia":

CORUSCANT - Obi-Wan Kenobi, o cabeça de um dos mais devastadores ataques ao Império Galáctico e o homem mais caçado da galáxia, foi morto numa troca de tiros com as forças imperiais próximo de Alderaan, Darth Vader anunciou domingo.

Numa aparição altas horas da noite, no Salão Leste do Palácio Imperial, Lord Vader declarou que "a justiça foi feita" enquanto revelava que agentes do Exército Imperial e patrulheiros da 501ª Legião tinham finalmente encurralado Kenobi, um dos líderes da rebelião Jedi, que havia se escondido do Império por quase duas décadas. Oficiais imperiais disseram que Kenobi resistiu e foi morto com o próprio sabre de luz do Lord Vader. Depois ele foi descartado numa câmara de ar comprimido.
*****
"Nenhum patrulheiro ficou seriamente ferido", disse Lord Vader. "Eles tomaram cuidado para evitar danos aos civis. Depois de uma troca de tiros, eu derrotei meu antigo mestre e fiquei com a custódia do seu corpo". A tradição Jedi requer enterro no prazo de 24 horas, mas por ter feito isto no espaço sideral, as autoridades imperiais, provavelmente, estavam tentando impedir que se criasse um santuário para os seus seguidores.

Lord Vader se negou a atender os pedidos de que apresentasse fotografias do corpo, descrevendo-as como "chocante" para o público em geral.

domingo, 15 de maio de 2011

A fé do Homem de Preto


"Homem de Preto"?! E que fé é essa que se veste de preto? Você não o conhece? Bom, não vou me deter aqui a falar sobre trabalhos específicos no meio gospel, mas sim tentar falar um pouco dessa figura carismática e marcante, desse cara íntegro e sem rótulos e que também por isso rendeu o brilhante filme sobre sua vida: Johnny & June (Walk the Line, no original). Estou me referindo à lenda Johnny Cash, grande artista que fazia uma música que se confundia com country e rock primordial. Sua voz sepulcral em algumas de suas canções lembram-me às vezes um enterro.

Como gosto de comprar a versão deluxe (DVD duplo) de filmes que me apaixonam eu já a tempos esperava para comprar o DVD duplo desse filme "Johnny & June", pois gosto de saber sempre mais sobre aquele filme que me empolgou, ainda mais num caso como esse em que se trata de um filme biográfico. Só pra situar quem nunca assistiu "Johnny & June" o filme narra o amor entre Johnny Cash e June Carter, seu grande amor, e o ponto central do filme é justamente como um amor pode salvar um homem em colapso à beira da auto-destruição.
NO DVD extra há vários materiais que falam sobre Cash, mas uma parte específica desse DVD é o material chamado "Cash e sua Fé". O filme, que já mostrava um pouco dessa relação que Cash tinha com a fé e a religiosidade precisava realmente de um algo mais sobre esse tema, que na verdade sem ele não existiria Johnny Cash. É o que prova e mostra justamente essa parte do DVD extra, que contém comentários do único filho do casal Cash Carter, pastores, artistas e amigos pessoais.

Pois então, segundo o que assisti, o Homem de Preto em sua labuta teve contato com algo que o marcou e o tocou de alguma forma, que era a música gospel que sua mãe cantava e que por vezes servia para encarar os problemas, provavelmente sua fé em Cristo tenha suas origens aí. Diziam que Johnny sempre se referia ao evangelho e essa era a coisa mais profunda em sua vida. Cash não impunha sua fé a ninguém. Preferia contar histórias ou caso qualquer. Um dos pastores disse que Cash não se considerava um pregador, mas que no fundo ele era, pois partilhava do evangelho do seu próprio jeito através de suas experiências de vida, sobretudo através da música, a qual alcançava pessoas de vários cantos. Sua irmã disse que Johnny sempre foi desafiado em sua fé. Isso é interessante, pois de fato a fé nos causa uma certa inquietude. Cash caminhou a beira da auto-destruição devido entre outras coisas ao uso de droga. Sua mente com certeza devia ser uma luta terrível. E  mais ainda o desejo em coração de fazer sua vida valer alguma coisa. Mais ou menos como na música do U2, "I Still Haven't Found What I'm Looking For", aliás Johnny Cash participou do álbum zooropa do U2 na última canção do disco, "The Wanderer" em que canta um apocalipse.

Cash no início de carreira
Inicialmente Johnny queria ser um cantor gospel, isso se não fosse pelo Sam Phillips, da Sun Records (Sua primeira gravadora), que não queria mais artistas cantando gospel e disse que não queria um artista cantando como ele tem paz e desafiou Johnny a cantar a música de sua vida através de um questionamento: "Se um caminhão lhe atropelace e antes de morrer você pudesse cantar uma música de sua vida, o que você cantaria"?
Então Johnny cantou "Folsom Prison Blues", uma música que ele fez na época do serviço militar, e que fala da Prisão Folsom, ou seja, ele cantou uma música sobre prisão, algo que de fato representava sua vida, já que embora ele nunca tenha estado lá ela representava sua prisão interior. E sabe de uma coisa, às vezes realmente é melhor não falar de paz, mas de dor. Só um sofredor para entender um outro sofredor...

Aliás Johnny sabia que estava no mundo e nele há um monte de corrupção em que o homem se mete e se engana. Assim ele cantava uma música gospel e imendava "Cocaine Blues", uma música que ele canta como se ele fosse o usuário de cocaína que matou uma mulher. Isso é ser íntegro, convícto e sem ter que sustentar uma imagem de politicamente correto para agradar a uns e outros. Cash realmente usou a vocação que Deus o deu. Através da música ele conseguia se ligar com diversas pessoas, algo meio libertário, pois suas canções falavam de coisas da vida, da gente sozinha, dos pobres, dos oprimidos ou de um caso de romance. Johnny atraia pessoas e assim compartilhava histórias. Atraia pessoas seja uma mãe com um filho no corredor da morte a uma criança pedindo para arrancar um dentinho.

Johnny tinha o "dom" de substimar-se e tratar a si como algo não importante para si mesmo como se ele fosse menor que outros e se igualar  aos mais baixos, aos sofredores, aos perdidos e perdedores. Ele que era chamado de "Homem de Preto" por se apresentar sempre de roupas pretas tinha isso como um significado pessoal o qual inclusive é explicíto na canção "Man in Black" (Homem de Preto):

 "I wear the black for the poor and the beaten down, / Livin' in the hopeless, hungry side of town, / I wear it for the prisoner who has long paid for his crime, / But is there because he's a victim of the times" ("Eu me visto de preto pelos pobres e oprimidos/ Que vivem no lado faminto e sem esperanças da cidade / Eu me visto assim pelo prisioneiro que há muito pagou por seu crime / Mas está ali pois é uma vítima dos tempos").

A cor da roupa era sua identificação pessoal com o fato de haver dores e sofrimento no mundo. Johnny dizia que se um dia o mundo não tivesse mais dor e sofrimento ele deixaria de usar o preto. Ao ser indagado, questionado ou ridicularizado sobre vestir-se de preto ao perguntarem a ele se ele ia a um enterro, Johnny era enfático ao responder: "Talvez eu vá"...

Os presidiários se identificavam com Johnny devido a suas canções e Johnny se identificava com eles devido a vivenciar uma prisão emocional. No filme mostra bem que as cartas dos presidiários fizeram com que ele percebesse que era querido por um grupo de pessoas excluídas e problemáticas e isso o incentivou a retomar a carreira e daí ele decidiu fazer um show para os detentos na prisão Folsom e gravá-lo em um disco. Algo que incomodou e inicialmente foi rejeitado pelos empresários de gravadora e não quiseram gravar esse álbum, pois seu público era de pessoas cristãs, pessoas de bem que não gostariam disso. Rejeitando essa hipocrisia o filme mostra que Johnny sutilmente satiriza e rebate dizendo que se as pessoas não comprarem o disco por ter sido gravado em um show para presidiários então essas pessoas não são cristãs.

No final das contas "Johnny & June" se trata de uma biografia pequena de um trecho da vida de Cash, mas muito mais que isto, trata de salvação...
Cash e Carter
Com a ajuda da esposa e influenciado por uma conversão religiosa alcançada
Johnny teve uma experiência com Deus e sentiu-se livre. Segundo seu filho, Johnny  Cash gostaria de ser lembrado como um homem de Deus, antes mesmo de cantor.
Ele recordaria mais tarde que durante uma operação Cash passou por uma experiência "próxima da morte". Cash disse que teve visões celestes tão belas que ficou com raiva quando acordou e percebeu que estava vivo.
Poucas semanas antes da sua morte Cash disse que mal podia esperar para estar no céu, para ver June, sua esposa (que morreu 4 meses antes dele) e Jack (seu irmão que morreu na infância e sempre permaneceu no seu pensamento) e outros, mas sobretudo pra ver Jesus.
A uma semana da sua morte estando sua irmã no quarto com ele, perguntou: " Se visse Jesus vir em sua direção, o que acha que Ele te diria? Johnny respondeu chorando: Isso é fácil! Ele diria "Vinde a mim os que labutam e os sobrecarregados e lhes darei descanso. Deixem que os guie e aprendam de mim a humildade e a doçura de coração e encontrarão o descanso para suas almas".
Cash em um dos seus últimos trabalhos musicais.


Por Jorge Tonnera Júnior
, em Cristo. Vem Jesus!

sábado, 14 de maio de 2011

Limpa Brasil

Precisamos de uma nova forma de nos relacionarmos com as coisas que não queremos e que perderam sua função original assim como precisamos mudar nossa concepção ressignificando o lixo. Em resumo precisamos criar uma cultura anti-lixo e pró-reciclagem.
Particularmente aqui no RJ a estatística mostrou que a quantidade de resíduos sólidos é maior em per capita superando São Paulo e Brasília. A taxa foi para um aumento de 4% em relação ao ano anterior.
Só no RJ são 9.000 ton de lixo por dia que chegam aos aterros, uma parte dessa veio das ruas e locais públicos. 40% do que a COMLURB recolhe é lixo público, ou seja, que estavam  jogado no chão, no asfalto, na praia, beiras de rio etc. Este cenário faz com que hajam prejuízos à estrutura urbana, sua infra-estrutura, saúde e economia da cidade.


Gostaria de indicar um evento muito impactante para a sociedade, que é o Limpa Brasil. Como educador ambiental quero muito participar, mas muito mais por ser cristão quero participar e cooperar num trabalho que cria vínculos com pessoas, lugar e certamente tem um sentido especial para aqueles que como eu acreditam que a vida é um todo interligado e conectado, estrado dos pés do Deus em nós, Jeová.




A Atitude Brasil, em parceira com a UNESCO e o programa Let’s do it World, fará uma campanha de limpeza em dois dias, um multirão que pretende envolver a população e limpar todo o Rio de Janeiro (sim, todo!) e conjuntamente Brasília. O movimento que começou e foi sucesso na Estônia está percorrendo o mundo. São quase 20 países que adotaram o movimento e querem ver suas cidades mais limpas.

Para se inscrever para participar desse grande multirão de limpeza que irá acontecer no início de Junho nos dias 5 e 6 de junho deste ano segue o link abaixo:
http://www.limpabrasil.com/site/
http://www.limpabrasil.com/site/seja-um-voluntario/voluntario-para-o-dia-da-acao/
 
Na Estônia, o país que foi limpo em 5 horas por 50 mil voluntários (vejam vídeo da ação em www.youtube.com/watch?v=T7GzfMD6LHs).

A Rocha Brasil, ong cristã de Apoio e cuidado ao Meio Ambiente apoia este movimento e também está divulgando e mobilizando voluntários e igrejas a participarem deste grande mutirão. Consideramos este evento como uma oportunidade de expressarmos nosso cuidado ao meio ambiente e aos seres humanos e nosso amor e obediência a Deus.
Diretores d'A Rocha Brasil, estarão no Rio com luvas e sacos nas mãos coletando o lixo da cidade. Pastores, convoquem suas ovelhas. Estamos confiantes que Deus moverá seus corações para o Limpa Brasil. O ser humano é o único ser vivo a produzir lixo, mais nenhuma criatura tem essa característica. Temos que educar as pessoas para que todos nós enquanto seres humanos que somos reconheçamos os lixeiros que somos. A campanha tem o objetivo maior de conscientizar e mais ainda sensibilizar a população quanto a presença e existência do lixo.

 
PAz em Cristo

Jorge Tonnera Júnior 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Rio, o filme - bem turístico e pouco educacional.

Numa floresta brasileira vários passáros exuberantes de diversas espécies são capturadas, incluindo um filhote de Ararinha-azul. Eles são levados para uma cidade dos EUA e muitos acabam sendo abandonados, dentre eles a personagem principal que é a ararinha azul que acaba sendo achada e salva por uma garota. Esta a leva para a sua casa, assumindo um compromisso de cuidar da ararinha e dá o nome de Blu para a ave. Conforme o tempo passa a garota cresce e num belo dia um cientista brasileiro acha Blu na livraria com Linda e diz para ela que a ararinha azul que ela cuida é na realidade o último macho da espécie, e que precisa levá-lo até o Rio de Janeiro, para acasalar com a última fêmea da espécie. Esse é basicamente o enredo de "Rio, o filme", que já rendeu muito sucesso de bilheteria e promoveu bem o Rio de Janeiro lá fora.


O filme é bom, possui ótimas imagens de cenários do RJ, prima pelo lado turístico sobretudo das belezas cênicas, mas poderia se aproveitar de seu lado turístico comercial de mega alcance, haja visto que superou "A Era do Gelo", para se apropriar de um tema que dificilmente entra no coração das pessoas e sensibilizá-
las: o tráfico de animais e a apropriação de aves por consumidores "admiradores" de gaiolas.

 O legal é que o filme acaba falando de liberdade e dependência não como coisas contrárias, pois enquanto Jade busca a liberdade a todo custo, Blu busca a presença e dependêcia de Linda, mas que no fim Jade acaba se apaixonando por Blu o que retrata a dependencia no amor sem com isso perder a liberdade.

O problema é que em nenhum momento do filme a personagem americana é informada que Blue é um animal que veio do tráfico. Pouco se fala do sofrimento dos animais até chegarem a seus compradores e mais ainda não se fala que a estatística de sobrevivência dos animais é que de 10 animais contrabandeados, apenas 1 consegue sobreviver até chegar ao comprador final, dadas as condições que o animal fica submetido. Até entendo que o filme é para criança e quanto a isso realmente acho que ele foi até onde poderia para mostrar para as crianças em uma linguagem leve um tema tão pesado. Mas o grande problema é que a mensagem/impressão que dá é que não são os compradores de aves que são culpados pelo tráfico
e simplesmente o pobre, o qual trafica por pura maldade.

As verdadeiras duas ararinhas azuis.
Foto divulgada no O Globo.

A Ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) possui características peculiares que a tornam vulneráveis a processoas de extinção, dentre elas em sua vida têm apenas um parceiro, formando assim um único casal de indivíduos por toda a vida, inclusive após a morte de um dos indivíduos. Fora isso os ninhos dessa ave são feitos em
árvores altas e antigas, às quais são vulneráveis ao corte indiscriminado, que com o passar dos anos logicamente por conta desse processo de consumo essas árvores vão ficando cada vez mais escassas restando apenas árvores mais jovens e pouco desenvolvidos com estatura não muito alta. Isso sem falar no fato de que diminuindo a quantidade de árvores faz com que a pluviosidade e a umidade diminua sensivelmente.
No fim da década de 80, apenas de fato um espécime ararinha-azul macho existia na natureza. Chegava a ser dramático, de tal forma que sem uma fêmea, a ararinha teve que tentar acasalar como uma ave de outra espécie próxima.
Técnicamente elas já estavam extintas pois mesmo um casal (ecologicamente falando) é um quantitativo insignificante. Daí diz-se que é uma espécie ecologicamente extinta, ou seja, a espécie ainda existe, mas a nível ecológico, ou seja, de relacionamento com outras espécies e com seu ambiente, é insignificante.

Hoje, a situação melhorou, pois sabe-se que há uma quantidade de menos de 100 indivíduos em criadouros, a maioria estrangeiro, muito embora para uma ação realmente efetiva é necessário atingir uma população mínima, ou seja, soltá-las em grupo. Ainda assim um outro contra é o fato de que sendo uma população pequena a diversidade genética é muito limitada, o que torna esse grupo mais vulnerável ainda com todo esforço.

Bem, mas vamos torcer e orar para que essa espécie seja um símbolo da sobrevivência e dos caminhos que a natureza encontra para si. Na fé do Criador e na esperança que sua imagem e semelhança consiga corrigir
alguns dos nossos erros enquanto espécie que somos.

sábado, 7 de maio de 2011

Mãe: a figura referência da sustentabilidade

 Mãe: a figura referência da sustentabilidade

A própria maternidade é um ato em si de sustentabilidade. O simples fato de que a mãe é praticamente a casa do bebê que está em sua barriga durante nove meses a manutenção desta casa é a condição pré pra que o bebê continue a desenvolver-se e culmine no nascimento e que saia uma criança saudável. 

 
No entanto fato é que biologicamente falando a mãe não precisa do filho; o filho é que precisa da mãe. Nessa semelhança assim somos nós em relação ao planeta. Nós somos esse filho e a mãe é o planeta, onde este não precisa de nós, mas nós precisamos dele.
 
O mais interessante é que este elo orgânico entre mãe efilho perdura ao longo da existência e a coexistência entre filho e mãe nos leva a comportamentos que vão de encontro com o tipo de educação que tivemos. São experiências que temos na infância e que até hoje estão presentes em nossas vidas muitas vezes. Determinadas formas de pensar ou de agir se referem ao contexto familiar diretamente.   
 
E de fato o cuidado com o meio ambiente tem a ver com um espírito parental. Sentir-se parte é como estar
anelado num contexto familiar. O Greenpeace também fez a sua campanha e como bem disseram: “É preciso ter cabeça de mãe para compreender que estamos abusando demais do planeta Terra, e mais ainda "Só uma mãe consegue olhar tanto à frente, porque ela pensa no bem-estar dos filhos até quando não estará mais por perto” diz o texto do greenpeace. "Mães pelo Clima", foi uma campanha promovida pelo Greenpeace Brasil em que as mães deixavam as fotos de seus filhos no site. Muito interessante! 
Também uma iniciativa canadense, mas de alcance mundial, foi o "Mães Contra as Mudanças Climáticas" (Mom Against Climate Change), cuja ideia foi fomentar a mobilizar atitudes e informações ligadas a o cuidar em relação ao meio ambiente e garantir assim um futuro melhor para os filhos.
Além dessas, outra iniciativa foi o projeto Aliança das EcoMães (EcoMom Alliance),com basicamente mesmo objetivo formando uma rede.

Como Jesus se colocou como uma ave mãe dizendo a Jerusalém que ele gostaria de colocá-los debaixo de suas asas, assim também possamos cuidar de nossa cria. Um feliz Dia das mães!
 



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Fé e Americanismo idiota no início de um século quebrado

Esse ano faz 10 anos dos atentados e justamente o sentimento de revanchismo e justiça ainda presente do inconsciente patriótico americano pôde ser visto essa semana com a teórica derradeira morte de Osama Bin Laden, o mentor da Al Quaeda e responsável principal do atentado de 11/09. Com declarações do presidente americano Barack Obama que tem agora sua popularidade aumentada através disso e com certeza uma grande propaganda pra uma futura e próxima reeleição ele disse que "o mundo agora está mais seguro"...  e "Esta luta não foi uma escolha do povo americano. Ela chegou às nossas terras" como se os EUA fossem sempre o bom moço muito retratado nos filmes faro-oeste e de guerra e aos sons de "U.S.A"-U.S.A.-U.S.A."! o patriotismo americano chega a ser daninho, (Já viram Borat?)uma vez que deveriam se perguntar sobre que tipo de justiça eles estão comemorando, afinal os EUA são responsáveis por diversas injustiças no mundo. Como se fazer justiça quando não se é justo? Acho que essa é uma grande questão que Deus no dá através da Bíblia, particularmente no Novo Testamento.

Com toda confusão social causado pelos intervencionismos políticos militares que culminaram com o trágico 11/09, na época dos atentados vários artistas se manifestassem em relação a todo aquele momento, mas é certo que ninguém fez como o Green Day. 
Em 2001, os punks lançaram um álbum incrível chamado "American Idiot" (Idiota Americano), um álbum conceitual, mais propriamente uma ópera-rock sobre um personagem chamado "Jesus do Subúrbio". Segundo a sucessão das músicas é apresentado de antemão o idiota americano, o próprio George Walker Bush. Como ela mesma retrata no refrão "Bem-vindo a um novo tipo de tensão/Baseado na alienação/onde tudo não é feito para ser aprovado/Os sonhos criados pela televisão/Os quais não somos obrigados a seguir/Já nos dão razão suficiente para nos opor"; naquela época de Bush havia uma histeria, confusão, propagandas, preconceitos etc. O álbum especialmente essa música traz críticas claras à sociedade americana e à política de Bush. Daí então é que surge na segunda música o personagem "Jesus do Subúrbio", que é um cara no meio dessa bagunça cultural que de um lado uma guerra, do outro uma alienação, um "american way of life" e dentro desse personagem há uma guerra interior, e ele próprio se apresenta como um "filho do ódio e amor" como canta no início da música. "Viver e não respirar, é morrer em tragédia," ainda mais nessa "land of make believe" canta ele: "terra do faz de conta/ Quem não acredita em mim" e daí "deixar para trás esse furacão de mentiras", se recusando a fazer parte disso como em "I dont care":  "Todo mundo é tão cheio de merda/ Nascidos e criados por hipócritas/ Corações reciclados porém nunca salvos". Esse "Jesus" se faz um mito pra se resolver numa fé em si mesmo ao mesmo tempo autodestrutiva.
Aliás uma das coisas que "American Idiot" retrata é a coisa da fé. Em "Holiday" canta-se as sujeiras de uma guerra e o uso da fé num terrorismo. "Eu estou pedindo para sonhar e discordar das mentiras sujas/Esse é o começo do final de nossas vidas/Num feriado...que logo em seguida canta "Ouça a bateria desafinada/Mais um protestante cruzou a linha (hey!)/Para encontrar o dinheiro do outro lado/ Posso ouvir outro amém? (amém)"

Só por curiosidade "American Idiot depois de ter ido a Broadway e se transformado em um musical, vai agora virar filme.

 Início do século quebrado

Entre duas guerras (Iraque e Afeganistão), dívidas, crise econômica, terrorismo, desastres ambientais, é o estrago pós-Bush. Vale ressaltar que os eleitores de Bush foram muitos crentes. Só pra citar em 2002 a aprovação dele era de 80% nos EUA, popularidade alavancada pela “guerra ao terror”. Bem incoerente, acho eu. Mas o caso é que pelo menos ao final do mandato enquanto a aprovação de Bush caía, American Idiot continuou lá encima.

21st Century Breakdown
O álbum seguinte a "american idiot" e nono do Green Day, lançado em 2009 é "21st Century Breakdown" (século 21 quebrado). Este álbum é dividido em 3 momentos ou atos: "Heroes And Cons" (heróis e malfeitores), "Charlatans And Saints" (Charlatãos e Santos) e "Horseshoes And Handgrenades" (Ferraduras e Granadas de Mão), onde há dois personagens principais: Christian e Gloria, dois nomes referência ao contexto cristão. Sendo assim a questão da fé é bem mais direta e aparente nesse álbum.
 Como disse certa vez uma revista "em uma imagem maior, era a experiência em ser uma pessoa fora da igreja, a idéia de que ter feto um comentário tão público sobre o ponto de vista Cristão de Bush em American Idiot, ainda o deixava (Billie Joe Armstrong, vocalista e guitarrista da banda) como um punk confuso e isso levou Armstrong ainda mais a fundo no conceito central do álbum." Gloria é ativista cheia de conflitos e tenta se manter em seu idealismo jovem. Christian, é mais explosivo e reativo.
Billie Joe Armstrong: “É um álbum que fala sobre caos e fogo nas ruas, revolta, pessoas marchando rua abaixo com tochas nas mãos, enquanto você faz amor com a sua namorada, eu acho.” "Song of the century" é um mini hino meio retrô que introduz perfeitamente a volta ou saudade de um tempo passado ao mesmo tempo um presente confuso para abrir 21st Century Breakdown.
Em "East Jesus Nowhere" (Jesus do Leste de Lugar Nenhum), por exemplo, eles cantam: "Depositem sua fé em um milagre/ E isso não tem a ver com religião/ Juntem-se ao coro, vamos cantar/ Na igreja da doce ilusão". Confrontando o preconceito religioso que há em relação aos árabes e muçulmanos o Green Day critica o fundamentalismo religioso do seu próprio país, o EUA, que têm e a muito tempo já tinham seus próprios fanáticos com os quais já deveriam se preocupar ao invés de buscar no fanatismo de outra cultura.
Esse fanatismo manifesto já foi citado aqui no blog no post "Waynne e o Jesus Americano" a respeito do pastor Waynne, que tacou fogo no Alcorão jogando na verdade mais combustível na fogueira santa que produz somente ódio entre os muçulmanos para com o EUA.
Em "Peacemaker" (Pacificador), segundo Billie, “É uma canção que fala de como as pessoas podem ser tão vingativas que chega quase a ser um impulso sexual”. Já a “21 Guns” é uma balada poderosa que fala de perda de fé e se questionar pelo que se luta e pelo que se vale morrer. Com um refrão que pede uma salva de 21 tiros para aquele que é renegado.
Billie Joe acerca do próprio álbum diz uma frase bem realista e necessária pra os dias atuais desse início de século quebrado: "Eu acho que qualquer bom Cristão teria algumas belas dúvidas sobre religião.”

Bem, eu como cristão e escriba desse blog posso dizer:
Eu sou cristão e tenho belas dúvidas não de Jesus, mas da religião.

Abraços e que a paz de Jesus no amor, este sim a verdadeira la revolucion esteja conosco.
amém!!!

fontes e citações:
Algumas citações de Billie e comentários foram extraídos de revistas publicadas como Kerrang e Alternative Press e postadas no site The Nimrods (www.thenimrods.com). Agradeço ao site por disponibilizar as matérias.
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